sábado, 26 de setembro de 2009


Em meus momentos escuros Em que em mim não há ninguem, E tudo é nevoas e muros Quanto a vida dá ou tem, Se, um instante, erguendo e fronte De onde em mim sou aterrado, Vejo o longiquio do horizonte Cheio de sol posto ou nado, Revivo, Existo, Conheço, E, ainda que seja ilusão O exterior em que me esqueço, Nada mais quero nem peço. Entrego-lhe o coração. (Fernando Pessoa)

Nenhum comentário:

Postar um comentário